Catégorie  Webzine

À conversa com Luciano Berio (por Arno Bornkamp)

A interpretação de obras musicais depende, em grande parte, do texto. É isto uma evidência. É também evidente, na literatura contemporânea, a grande diversidade que existe nos textos (nos detalhes da sua notação) e dos próprios compositores (significado dos sinais, a sua tolerância, etc.). Penso que é bom, na medida do possível, ir ao encontro dos compositores e confrontá-los à interpretação que fazemos da sua obra. Uma tal confrontação faz aprender muitíssimo sobre a motivação do compositor, sobre a precisão a ter na leitura do texto musical, as prioridades a dar à execução, como ao espaço que pode dar-se a outras ideias, etc. Todos estes aspectos podem trazer uma nova luz à visão que temos da partitura. No passado mês de Junho, visitei Luciano Berio, em Itália, que me recebeu no seu estúdio "Tempo Reale", em Florença. Eu tinha, claro está, bem prearada a minha entrevista: tinha uma longa lista de perguntas a colocar-lhe sobre a sa "Sequenza IXb" para saxofone alto solo.

ENCUENTRO CON LUCIANO BERIO Por Arno Bornkamp

La interpretación de las obras musicales depende, en gran parte, del texto. Esto es evidente. No lo es menos, en la literatura contemporánea, dada la gran diversidad existente entre los textos (en los detalles de la notación) y los propios compositores (significado de símbolos, su tolerancia, etc). En la medida de lo posible, creo que es bueno reunirse con los compositores y confrontar la interpretación que hacemos de su obra. Este cotejo nos enseña enormemente sobre la motivación del compositor, sobre la precisión a aportar en la lectura de su texto, las prioridades en la ejecución, así como el espacio que concede a nuevas ideas, etc.

MEETING with Luciano Berio By Arno Bornkamp

The interpretation of musical works is largely dependent on the text. This is self-evident. Less so, in contemporary literature, is the great diversity that exists between texts in the details of their notation) and the composers themselves (meaning of the signs, their tolerance, and so on). I think it is good, as far as possible, to meet the composers and to confront them with the interpretation of their work.

La historia del vibrato del saxofón Entrevista a Marcel Mule por Claude Delangle

Claude Delangle: Me gusta mucho venir a visitarlo cada año. Si hoy tomo notas, es porque los alumnos del Conservatoiro [de París] me lo han pedido. Me han dicho: 《usted conoce bien a Marcel Mule, ¡nosotros no!》. Mi objetivo es transmitir una herencia. Usted me habló, en varias ocasiones, de los motivos que lo llevaron utilizar el vibrato en el saxofón. ¿Podría hablarnos de ellos de forma cronológica?

História do Vibrato no saxofone (entrevista a Marcel Mule por Claude Delangle)

Claude Delangle: Gosto muito de fazer-lhe esta pequena visita quase anual. Se hoje tomo algumas notas, é porque os alunos do Conservatório [de Paris] mo pediram. Disseram-me: «O senhor conhece bem Marcel Mule, nós não!». O meu obejctivo é transmitir uma herança. O senhor falou-me, em várias ocasiões, dos motivos que o levaram a utilizar o vibrato no saxofone. Será que poderia falar-nos deles, de forma cronológica?